“Amanhã [quarta-feira] publicamos o pedido de doações até ao final do ano. Juntamente com a comunidade humanitária, pedimos 2,8 mil milhões de dólares para ajudar três milhões de pessoas identificadas na Cisjordânia e em Gaza”, disse Andrea de Domenico em videoconferência de imprensa.
“Obviamente, 90% é para Gaza”, esclareceu, lembrando que inicialmente o plano para 2024 estava estimado em quatro mil milhões (3,7 mil milhões de euros), mas foi reduzido para 2,8 mil milhões dados os limites de acesso da ajuda humanitária, devido ao conflito armado que decorre há mais de seis meses entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.
Poucos dias depois do ataque sem precedentes do Hamas a Israel em 07 de outubro e do início da ofensiva israelita na Faixa de Gaza, a ONU lançou um apelo inicial para doações de emergência de 294 milhões de dólares (276 milhões de euros).
O apelo foi modificado no início de novembro, aumentando para 1,2 mil milhões de dólares (1,1 mil milhões de euros) para satisfazer as necessidades mais urgentes de 2,7 milhões de pessoas nos territórios palestinianos (2,2 milhões em Gaza e 500 mil na Cisjordânia) até ao final de 2023.
A guerra na Faixa de Gaza provocou a morte de mais de 33 mil pessoas, na maioria civis, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, e mergulhou o território numa grave crise humanitária.
O conflito fez também quase dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa “situação de fome catastrófica” que já está a fazer vítimas – “o número mais elevado alguma vez registado” pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.
As autoridades da Cisjordânia afirmam por sua vez que cerca de 460 palestinianos perderam a vida em incidentes com colonos e soldados israelitas no território.
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