“Somo legalmente a Força Alternativa Revolucionária Comum [FARC, sigla idêntica às ex-Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia], o partido do povo colombiano. Em frente com o combate político!”, referiu numa mensagem no ‘Twitter’ Rodrigo Londoño, aliás “Timochenko”, chefe da antiga rebelião e do partido fundado em 01 de setembro na sequência dos acordos de paz assinados com o Presidente Juan Manuel Santos em novembro de 2016.
Seis dirigentes das FARC declararam ter entregado toda a documentação necessária, incluindo o certificado do depósito de armas concluído em 15 de agosto, para poderem participar nas eleições legislativas de 2018.
“Cumprimos os nossos compromissos”, assegurou Iván Márquez, chefe da delegação da guerrilha às conversações de paz e hoje conselheiro político do movimento fundado no mês passado.
“É tempo de o Governo cumprir os seus”, sublinhou, ao argumentar que o Estado colombiano tem obrigações internacionais resultantes do acordo assinado após quatro anos de negociações em Havana.
O texto final garante no imediato dez lugares, cinco em cada câmara, à FARC, o partido político, mas os seus candidatos devem apresentar-se ao escrutínio.
Os dirigentes do novo partido emitiram um apelo ao “diálogo” e à convergência com outras forças políticas, rejeitando as “revisões” do acordo pretendidas pela oposição de direita liderada pelo ex-presidente e atual senador Álvaro Uribe.
Apesar de se apresentarem às eleições, os membros da FARC devem responder perante a justiça especial de paz por crimes cometidos durante os 53 anos de guerrilha e confrontos com as forças militares e policiais colombianas. O acordo prevê que os ex-guerrilheiros beneficiem de penas alternativas à prisão, caso digam a verdade e indemnizem as vítimas.
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