“Falta a Luís Montenegro e ao PSD dizerem o que farão quando o PS ganhar as eleições. O que farão se ficarem em segundo lugar?”, questionou o líder socialista esta tarde, durante uma ação de campanha no centro de saúde de Castro Verde (Beja).
Pedro Nuno Santos referiu-se ao frente-a-frente televisivo de segunda-feira com Luís Montenegro, no qual os dois líderes foram questionados sobre se viabilizariam um governo do partido adversário em caso de derrota a 10 de março.
“Eu não assumi a vitória nem a derrota de ninguém, isso decidem os portugueses. Respondi a uma pergunta que me foi feita e com toda a frontalidade disse o que faria”, justificou aos jornalistas o secretário-geral do PS, considerando que a sua resposta a esta questão no debate foi “muito clara”.
“Só governaremos se ganharmos as eleições ou se conseguirmos apresentar uma solução de governo com apoio maioritário. E não inviabilizaremos nenhuma outra solução”, frisou.
Por oposição, continuou, “o líder do PSD ainda está a juntar os cacos do debate que não lhe correu bem e continua a fugir a uma pergunta que lhe foi feita”.
“Neste momento, este tema está do lado do PSD, que tem de responder por razões de clareza e de frontalidade no debate público”, observou.
O secretário-geral do PS considerou “muito importante que Luís Montenegro não se esconda apenas no ‘não é não’ [a uma coligação com o Chega] e que diga a todos os portugueses o que fará quando o PS ganhar as eleições”.
“Precisamos de ter essa resposta, senão começamos todos a duvidar do que ele vai dizendo do ‘não é não’. Porque do outro lado tem um partido a dizer que tem a garantia total de que governará se houver uma maioria de direita”, concluiu.
O líder do Partido Socialista esteve em pré-campanha para as eleições legislativas no Baixo Alentejo, passando por Beja, Castro Verde e Almodôvar.
Portugal vai ter eleições legislativas antecipadas em 10 de março de 2024, marcadas pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na sequência da demissão do primeiro-ministro, António Costa, em 7 de novembro, alvo de uma investigação do Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça.
A campanha eleitoral para as legislativas vai decorrer entre 25 de fevereiro e 8 de março.
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