“Até ao momento foram assassinados 40 membros das FARC”, reconheceu Juan Manuel Santos, durante a apresentação do relatório “Garantias de segurança, um ano de implementação”, na Universidade Jorge Tadeo Lozano, na terça-feira, em Bogotá.
Durante a apresentação do relatório, que contou com o apoio de organizações internacionais como a Missão de Verificação da ONU, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos e a Organização de Estados Americanos, o Presidente colombiano declarou que a existência de apenas “um [assassínio] já seria demais”.
Juan Manuel Santos garantiu que o Governo colombiano vai trabalhar até ao final do mandato, a 07 de agosto próximo, para que “não ocorram mais casos”.
O governante referiu ainda que “as vidas dos ex-combatentes foram protegidas a 100%”, através de um sistema que garantiu a segurança de “mais de 200 membros da primeira linha da liderança” das ex-FARC e de mais de quatro mil ex-guerrilheiros, que foram postos, para sua segurança, em espaços territoriais de capacitação e reintegração.
“Conseguimos ter um sistema que criou confiança entre a força pública e os ex-combatentes”, concluiu.
Em 2016, Juan Manuel Santos assinou um acordo histórico com a antiga maior guerrilha do país. No acordo assinado, que valeu nesse ano o Nobel da Paz a Juan Manuel Santos, as ex-FARC comprometeram-se ao desarmamento e ainda à transformação num partido político.
As FARC foram então dissolvidas e convertidas num partido político, a Força Alternativa Revolucionária Comum, com a mesma sigla.
O Presidente colombiano já se mostrou recetivo a concluir um acordo semelhante com a guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN) para pôr fim a um conflito armado que, em meio século, fez pelo menos 260 mil mortos, mais de 60 mil desaparecidos e cerca de 7,4 milhões de pessoas deslocadas.
O diálogo entre o Governo colombiano e o ELN para as negociações de paz foi retomado este mês.
Estas negociações estavam suspensas desde 10 de janeiro passado, um dia após o fim do cessar-fogo bilateral devido a uma ofensiva do ELN, que causou seis mortos e 40 feridos no norte da Colômbia e afetou as infraestruturas petrolíferas de várias regiões.
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