“Portugal tem apoiado contínua e inequivocamente o esforço de resiliência ucraniano através da doação de mais de 850 toneladas de material, incluindo militar”, afirmou Helena Carreiras, que encerrou o III Encontro Mafra Dialogues, em Mafra, no distrito de Lisboa.
Para a ministra da Defesa, Portugal “não está a apoiar com armas uma agressão, mas a apoiar a resistência a uma agressão”.
“Esta guerra tem a ver connosco porque está em causa a segurança da Europa e a defesa do mundo onde prevalece o direito internacional e o direito de cada povo viver em paz”, declarou.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.574 civis mortos e 14.441 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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