O projeto EuCARE, que vai ser oficialmente lançado na quinta e sexta-feira, em Roma, Itália, irá reunir e analisar dados de amostras de doentes, profissionais de saúde e da população escolar.
Ao todo, participam no projeto 22 universidades, hospitais, entidades e centros de investigação de vários países, com Portugal a ser representado pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT) da Universidade Nova de Lisboa e pelo Hospital Egas Moniz, ambos em Lisboa.
Portugal vai contribuir com uma amostra de 2.000 alunos e professores, 1.400 doentes hospitalizados, 200 doentes com "covid-19 longa" e 100 profissionais de saúde, enumerou à Lusa a coordenadora da equipa portuguesa, Ana Abecassis, professora na Unidade de Saúde Pública Internacional e Bioestatística do IHMT.
Ana Abecassis explicou que o projeto, que tem a duração de cinco anos e fundos europeus, propõe-se fazer, nomeadamente, o acompanhamento epidemiológico, inclusive de eventuais novas variantes do SARS-CoV-2, e avaliar o impacto das atuais variantes do coronavírus nos diagnósticos, vacinas e tratamentos contra a covid-19 e na resposta imunitária.
Um questionário será feito a alunos e professores para aferir o impacto do ensino à distância durante o encerramento das escolas no período de confinamento.
Na população escolar vai ser ainda comparada a eficácia de diferentes métodos de rastreio, inclusive de testes de saliva.
Os primeiros resultados do estudo são esperados dentro de seis meses.
A lista de países participantes inclui também Itália, Alemanha, Reino Unido, Suécia, Israel, Lituânia, Geórgia, Bélgica, Quénia, Vietname, México e Rússia.
A covid-19 é uma doença respiratória pandémica provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China. A variante Delta é a mais contagiosa de todas as variantes em circulação.
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