“Esta tem que ser uma festa da democracia com confiança nas instituições e com plena confiança no veredicto do povo colombiano”, disse o Presidente naquela que foi a última vez que abriu uma eleição, a da sua sucessão, discutida entre o esquerdista Gustavo Petro e o populista Rodolfo Hernández.
O Presidente votou logo que abriram as assembleias de voto, na mesa número um, instalada no Capitólio Nacional, no centro de Bogotá.
Duque reiterou que a Colômbia é “uma das democracias mais antigas” daquele hemisfério” e uma das “mais sólidas” e destacou que “sempre foi mantido este processo de transição pacífica, ordenada e institucional no comando presidencial”, que ele mesmo garantirá até 7 de agosto, quando tomará posse o Presidente que for eleito hoje.
“A partir de agora podemos dizer ao eleito hoje que terá todo o nosso apoio para iniciar o processo de transição presidencial”, disse, acrescentando que este processo será realizado com total “transparência”.
O apelo foi feito depois de Gustavo Petro ter esta semana lançado desconfiança sobre a entidade que organiza as eleições, ao falar de uma possível fraude no resultado.
O secretário nacional, Alexandre Vega, que falou depois de Duque, assegurou que “apesar da desinformação, o processo eleitoral continua firme e forte como instituição” e lamentou os “ataques de desinformação ao longo desta semana”.
O adversário venezuelano Carlos Valero pediu também hoje ao vencedor das eleições presidenciais na Colômbia, que continue a ajudar os migrantes que vivem no país andino.
“Boa sorte aos irmãos colombianos, esperamos que, independentemente de quem seja eleito, continuem a apoiar a causa venezuelana, ajudando os nossos migrantes, pressionando por uma solução política para a nossa crise”, escreveu o ex-deputado na sua conta no Twitter.
No início do ano passado, Duque aprovou o Estatuto de Proteção Temporária que visava a regularização de quase dois milhões de migrantes venezuelanos em situação irregular na Colômbia por um período de dez anos, após o qual poderiam solicitar residência permanente.
Hoje 39.002.239 colombianos são chamados a votar e eleger um novo presidente.
Na primeira volta, realizada em 29 de maio, Petro obteve 8.527.768 votos (40,32%) e Hernández recebeu 5.953.209 votos (28,15%).
De acordo com a Agência EFE, tanto Petro quanto Hernández afirmaram na campanha que, se vencerem, reabrirão a fronteira com a Venezuela, fechada ao tráfego de veículos em agosto de 2015 por ordem do presidente Nicolás Maduro.
As 102.000 mesas estarão abertas à votação nestas eleições até às 16:00 locais (22:00 em Lisboa) em todo o território.
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