Questionado pelos jornalistas à margem de um simulacro de sismo numa escola da Costa de Caparica, Joaquim Leitão afirmou que "seria prematuro qualquer tipo de consideração sobre um documento que ainda está em análise".
Confrontado com conclusões do relatório como a falta de mobilização de meios ou a suspensão da fita do tempo das operações, o presidente da Autoridade afirmou não saber do que se tratava.
Joaquim Leitão afirmou que o pessoal da Autoridade que chefia continua a dar "o melhor para que a segurança dos cidadãos seja efetiva".
No relatório, em que analisam incêndios em 11 concelhos dos distritos de Leiria, Coimbra e Castelo Branco ocorridos entre 17 e 24 de junho, refere-se que, apesar de o fogo de Pedrógão ter tido origem em descargas elétricas na rede de distribuição, um alerta precoce poderia ter evitado a maioria das 64 mortes registadas.
Além disso, acrescenta-se, “não foram mobilizados totalmente os meios disponíveis” no combate inicial e houve falhas no comando dos bombeiros. A GNR fica, por outro lado, ilibada de direcionar carros para a Estrada Nacional 236, onde morreram cerca de metade das vítimas.
No documento aponta-se falta de conhecimento técnico no sistema de defesa florestal e falta de preparação dos atuais sistemas de combate às chamas para as alterações climáticas, confirmando, por outro lado, falhas de comunicação do Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP).
O primeiro-ministro, António Costa, afirmou, na sequência da divulgação do relatório, que o Governo assumirá todas as responsabilidades políticas, se for caso disso.
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