"Durante o dia de hoje não saiu nenhuma viatura dos ecoparques da Amarsul em Setúbal, Palmela e Seixal. As viaturas de recolha seletiva e dos ecopontos porta-a porta também não saíram para o terreno", disse à agência Lusa Joaquim Sousa, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL).
"A empresa sabe muito bem o que pretendemos e aquilo que estamos a pedir são migalhas quando comparado com os 6,8 milhões de euros que foram distribuídos pelos acionistas nos últimos dois anos", acrescentou Joaquim Sousa, lembrando que a Amarsul assegura a recolha e tratamento de lixos urbanos em todos os municípios da península de Setúbal, com exceção de Almada.
Os trabalhadores da Amarsul cumpriram hoje o primeiro de dois dias de greve - na sexta-feira haverá uma nova paralisação - para exigirem aumentos salariais de 30 euros por cada trabalhador, mas a empresa oferece 21 euros para salários inferiores a 1.000 euros, 15 euros para trabalhadores com salários até 1.500 euros e 7,5 euros para os restantes.
Em declarações à agência Lusa, Joaquim Sousa garantiu que os trabalhadores estão determinados a prosseguir esta luta, até porque consideram que os aumentos reivindicados são muito razoáveis face aos valores que já foram distribuídos pelos acionistas.
A Amarsul já se afirmou surpreendida com a paralisação, tal como a Valorsul, na qual foram marcados os mesmos dois dias de greve.
As empresas referiram que decidiram aumentar os salários com efeitos retroativos a janeiro, privilegiando os trabalhadores com remunerações mais baixas.
A greve na Valorsul afeta os concelhos de Alcobaça, Alenquer, Amadora, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lisboa, Loures, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Odivelas, Peniche, Sobral de Monte Agraço, Rio Maior, Torres Vedras e Vila Franca de Xira.
Na Amarsul, a paralisação atinge os municípios de Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal.
Em julho de 2015, a Amarsul e a Valorsul passaram a integrar o grupo Mota-Engil, por via da compra da Empresa Geral de Fomento (EGF), detentora de 51% do capital social da Amarsul.
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