"Em coerência, acho que nesta altura devemos cerrar fileiras à volta do líder do partido, ajudá-lo a arrepiar caminho em algumas coisas, tirar-lhe do lado alguns maus amigos que não o ajudam em coisa nenhuma, só se querem vingar através de Rui Rio de um passado que não gostavam", defendeu.
"A Ferreira Leite quando vai à televisão, pretensamente ajudar Rui Rio, não vai. Vai atacar Pedro Passos Coelho, não vai ajudar Rui Rio", acrescentou.
Na pausa para jantar no Conselho Nacional do PSD, que decorre num hotel do Porto, Luís Filipe Menezes, explicou que neste último ano não esteve com ninguém, "esteve com a sua família", garantindo que o que o move não são as amizades.
"Sou muito amigo e aprecio muito Luís Montenegro. Acho que ele tem condições para um dia, e até hoje, se as condições fossem outras, ser líder do PSD. Agora eu não me movimento por amiguismos, nem por ódios e vinganças", declarou.
Para o ex-líder do PSD, a sua intervenção serviu para demonstrar que "no partido não há não há lugares a ódios, a vinganças e ressentimentos", é preciso unir e cerrar fileiras.
"O Partido Socialista não presta, este governo é um ‘bluff’, esta coligação é uma brincadeira, metade das coisas que aconteceram no país se tivessem acontecido no tempo de Pedro Passos Coelho o país já tinha fechado, mas aquela senhora pequenina do Bloco de Esquerda [Catarina Martins] e o Jerónimo [de Sousa] deixam passar tudo, porque querem o dinheiro para os seus sindicatos, no caso de Jerónimo e no caso daquela senhora e das meninas que a acompanham e pretendem um dia ser ministras e palparrear-se lá por São Bento", sublinhou.
Pouco depois das declarações de Luís Filipe Menezes, Rui Rio, de quem foi adversário, deu um abraço emocionado ao ex-líder do PSD que disse estar disponível para tudo aquilo que lhe for solicitado.
"Eu disse a Rui Rio que ele devia desafiar os ex-líder do partido a transformarem-se em líderes europeus. Em toda a Europa é normal um ex-líder do partido ir para o lado do líder em funções ajudá-lo. Nos Estados Unidos chamam os ex-líderes para fazer diplomacia", referiu.
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