O pequeno Estado do Golfo, que faz parte do Conselho de 47 membros em Genebra, absteve-se numa votação sobre o estabelecimento de um inquérito internacional à repressão mortal das autoridades iranianas contras os manifestantes no país.
A resolução, que condena as autoridades e pede que sejam recolhidas provas dos abusos com vista a processar os responsáveis, foi aprovada por 25 votos a favor, com seis contra e 16 abstenções.
O Qatar, que acolhe neste momento o Mundial de Futebol da FIFA e que está a ser duramente criticado pelas suas violações de Direitos Humanos, ocupa um dos 13 assentos da Ásia-Pacífico no Conselho, tendo sido eleito pela Assembleia-Geral da ONU para um mandato de três anos, de 2022 a 2024.
Nos últimos anos, Doha e Teerão desfrutaram de fortes laços políticos que contrastam com as difíceis relações do Irão com a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.
Os preparativos para o Mundial de Futebol foram dominados por preocupações com o tratamento que o Qatar deu aos trabalhadores migrantes, mulheres e à comunidade LGBT+, para grande desconforto dos organizadores do torneio.
Desde então, várias equipas protestaram simbolicamente contra as leis do país, onde a homossexualidade é ilegal.
Entre os estados cujas seleções participam do torneio, votaram a favor da abertura de uma investigação internacional no Irão a Argentina, Reino Unido (Inglaterra, País de Gales), França, Alemanha, Japão, México, Holanda, Polónia, Coreia do Sul e Estados Unidos.
O Qatar foi acompanhado pelo Brasil, Camarões e Senegal no campo das abstenções.
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