“Penso que não estão reunidas as condições para um inquérito parlamentar e a comissão de Defesa tem feito um trabalho que ainda está a realizar de apuramento do que se passou”, afirmou à agência Lusa o deputado do CDS-PP João Rebelo.
O ex-presidente do PSD e comentador político Luís Marques Mendes defendeu, no domingo, no seu programa de comentário na SIC, a realização de um inquérito parlamentar sobre o furto da base de Tancos, considerando que seis meses depois “ainda não há explicação sobre coisa nenhuma”.
“Passaram seis meses, ainda não há explicação sobre coisa nenhuma, era tempo de os partidos na Assembleia da República começarem a pensar numa comissão de inquérito parlamentar porque é uma vergonha ao fim de seis meses não se explicar o que aconteceu, porque é que aconteceu e quem é responsável”, defendeu Marques Mendes.
Para o deputado democrata-cristão, a posição do comentador político é “inusitada” já que, sublinhou, decorre um processo de investigação judicial e, ao nível interno, no Exército, decorrem vários processos disciplinares que visam determinar “responsabilidades objetivas”.
“Aguardamos o desfecho destes processos, quer o do Ministério Público, quer os disciplinares”, disse, acrescentando que a comissão teve também acesso a relatórios "muito informativos" por parte do Exército.
Por outro lado, disse, a comissão de Defesa “tem promovido desde julho” várias audições quer ao nível político, quer militar e operacional e a responsáveis pelos serviços de informações.
O apuramento das "responsabilidades políticas" ainda não terminou, disse João Rebelo, frisando que o assunto voltará a ser colocado no âmbito da comissão parlamentar, na audição ao ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, prevista para o dia 16, acrescentou.
O Exército divulgou no dia 29 de junho o desaparecimento de material militar dos paióis de Tancos - entretanto desativados - que foi recuperado pela Polícia Judiciária Militar em outubro, a 21 quilómetros do local.
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