Segundo uma nota enviada à agência Lusa, a greve vai decorrer na quarta-feira e os trabalhadores vão concentrar-se no Hospital dos Lusíadas, em Lisboa, às 11:00, no que consideram ser uma forma de “intensificar a luta”.
De acordo com a mesma nota, em causa está a recusa do grupo Lusíadas Saúde em negociar a tabela salarial apresentada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), o assédio e repressão nas unidades de saúde, os horários de trabalho “ilegais” praticados e a realização de turnos noturnos com “escalas absurdas de trabalho”.
Os trabalhadores reivindicam aumentos justos para todos os funcionários, a dignificação das carreiras e categorias profissionais, a reclassificação dos trabalhadores, o direito a 25 dias de férias e a subsídio de refeição igual para todos.
Entre os motivos de greve estão ainda o regresso do horário contínuo, a hora da refeição fixada no horário de trabalho, a elaboração de horários de trabalho de acordo com o Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) e a Lei, a resolução de problemas de segurança e o fim da pressão, repressão e assédio dos trabalhadores.
Contactada pela agência Lusa a administração da Lusíadas Saúde afirma “respeitar o direito à greve”, mas recusa as acusações feitas pelos trabalhadores por “não corresponderem à realidade”.
Numa resposta escrita enviada à Lusa, a Lusíadas Saúde diz ser “uma empresa com um forte sentido de responsabilidade social”, que nos últimos anos tem “implementado várias ações de apoio aos colaboradores e suas famílias no âmbito da política social”.
“As condições remuneratórias e de trabalho globais são superiores ao estabelecido no contrato coletivo de trabalho. Temos instituída há vários anos avaliação para progressão na carreira e cumprimos a legislação em vigor em Portugal, nomeadamente no que diz respeito aos dias de férias, parentalidade e às horas de trabalho”, pode ler-se na nota.
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