Em declarações à agência Lusa, Hernâni Marinho, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual, adiantou que o primeiro dia da paralisação contou com uma adesão que deverá ter rondado os 50% dos trabalhadores e hoje os 60%.
O dirigente sindical recordou que este protesto – que se segue às quatro greves já realizadas durante o ano 2017 – é “encabeçado” pelos trabalhadores da Manpower ao serviço da PT-MEO, mas salientou que o pré-aviso de greve “abrange todos os trabalhadores das telecomunicações em regime de ‘outsourcing’ e trabalho temporário”.
“A luta dos trabalhadores da Manpower persiste há mais de um ano em defesa de salários compatíveis com o grau de responsabilidade das suas funções altamente qualificadas, melhores condições de trabalho e integração nos quadros efetivos da MEO, detida pela Altice, fazendo justiça a milhares de trabalhadores em regime de subcontratação a desempenharem funções permanentes para a PT-MEO, alguns há quase 20 anos, mas que se mantêm vinculados a empresas ‘outsourcing’ ou trabalho temporário”, sustentou.
Segundo o sindicato, as várias reuniões plenárias e concentrações de protesto organizadas em 2017 “culminaram em quatro greves com uma adesão sempre crescente”, tendo a última, em 13 de novembro passado, registado “uma adesão de 80% a nível nacional”.
De acordo com Hernâni Marinho, a Manpower tem mantido a sua posição, referindo que “a empresa não tem condições para melhorar as condições salariais” e a PT/Meo “desresponsabiliza-se, referindo que não tem responsabilidade sobre estes trabalhadores”, embora recorde que alguns dos funcionários em causa estão na empresa “a desempenhar serviços permanentes há mais de 20 anos”.
“Se as empresas se mantiverem com a mesma posição de não abertura ao diálogo, os trabalhadores irão reunir-se em plenário para dar continuidade à luta. Os trabalhadores estão dispostos em endurecer a luta”, disse.
(Nota: O SAPO 24 é a marca de informação do Portal SAPO, propriedade da MEO, detida pela Altice)
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