“É lamentável que a NAV Portugal esteja há dois meses sem liderança e, consequentemente, com dossiês estratégicos e críticos para a empresa suspensos, apesar do secretário de Estado das Infraestruturas, em duas reuniões com a Comissão de Trabalhadores, se ter comprometido com a indicação de um Presidente para o Conselho de Administração”, afirmam os trabalhadores da entidade pública que gere o tráfego aéreo em Portugal.
Por isso, a Comissão de Trabalhadores mostra-se preocupada e responsabiliza o Executivo por “quaisquer eventuais constrangimentos que possam resultar do facto de o espaço aéreo da região de Lisboa estar a atingir níveis de saturação, com prejuízos evidentes para o turismo e, consequentemente, para a economia nacional”.
“Esta (in)decisão do governo inviabiliza qualquer planeamento da ANA/Vinci para dar resposta ao crescimento do tráfego aéreo na Região de Lisboa, uma vez que a resposta a esse crescimento só pode acontecer cumulativamente entre a cedência do espaço aéreo militar, o novo sistema de gestão de tráfego aéreo (ATM) e um vasto conjunto de procedimentos técnicos e operacionais decorrentes da adoção desse novo sistema ATM”, considera a Comissão de Trabalhadores da empresa que gere o controlo aéreo.
Para os trabalhadores, isto “compromete os prazos previstos para entrada em funcionamento do Novo Aeroporto no Montijo, uma vez que o novo sistema tem um período estimado de implementação de, pelo menos, três a quatro anos”.
Ou seja, consideram, “empurra para 2021 a entrada em funcionamento desse sistema, portanto, a possibilidade de se maximizar o potencial do espaço aéreo na região de Lisboa”, o que também poderá ter impacto no crescimento do turismo.
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