Os Estados Unidos vão fornecer à Ucrânia minas antipessoais, para reforçar a defesa do país contra a invasão lançada pela Rússia, confirmou o governo norte-americano.
Este foi mais um pedido de ajuda de Volodymyr Zelensky, mas que vai contra uma decisão que a Ucrânia tomou em 1999, nomeadamente quando assinou a convenção sobre a Proibição de Minas Antipessoal.
Esta convenção, implementada em 1997, é uma das principais iniciativas humanitárias das últimas três décadas a ser adotada pela comunidade internacional e proíbe a “utilização, produção, armazenamento e transferência destas armas” e exige que sejam tomadas medidas para fazer face aos seus efeitos a longo prazo.
Nem os EUA nem a Rússia fazem parte dos 164 signatários da proibição. A Ucrânia, tal como por exemplo Portugal, assinou.
Conscientes disso mesmo, contudo, a Ucrânia comprometeu-se a utilizar apenas minas que se mantenham activas durante um período de tempo limitado, o que significa que se tornam inertes após um período de tempo pré-definido, nomeadamente entre quatro horas e duas semanas.
Refira-se que a Ucrânia sofreu pela primeira vez contaminação por minas terrestres após o conflito que começou em 2014 e na altura, como fazendo parte da convenção, comprometeu-se com as suas obrigações, nomeadamente desminar as áreas contaminadas sob a sua jurisdição ou controlo. De acordo com os dados fornecidos pela Ucrânia à convenção, desde 2014 destruíram mais de 2.700 minas, sendo que registaram também mais de 4700 vítimas.
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