De acordo com o último Boletim Informativo de Fundos da União Europeia, com informação reportada até 31 de dezembro de 2019, dos 15 programas operacionais, 10 apresentam uma taxa de execução inferior a 50%, ou seja, o mesmo número de programas que já estavam nesta situação até setembro do mesmo ano.
No final da tabela figuram os programas operacionais Alentejo 2020 (27%), Centro 2020 (29%), Norte 2020 (30%), Lisboa 2020 (30%) e Algarve 2020 (30%).
Por sua vez, a ocupar os primeiros lugares surgem os programas de desenvolvimento rural da Madeira (67%) e dos Açores (65%), bem como o programa operacional Capital Humano (63%).
No total, a execução do Portugal 2020 atingiu os 45% até ao final de dezembro.
Conforme estipulado pela Comissão Europeia, o Portugal 2020 está sujeito à regra n+3, o que significa que, apesar de o prazo de vigência dos programas ser apenas até ao final de 2020, o orçamento pode ser executado até três anos depois.
Esta regra, também conhecida como ‘guilhotina financeira’, estabelece ainda níveis que, a não serem cumpridos no final de cada ano, representam a perda de fundos.
Segundo o mesmo boletim, Bruxelas pagou a Portugal, até dezembro de 2019, quase 11 mil milhões de euros, no âmbito do Portugal 2020, perto de metade do total programado, mas o país caiu para o quinto lugar entre os Estados que mais recebem.
No total, a Comissão Europeia transferiu 158.088 milhões de euros para os 28 Estados-membros, sendo que 6,8% deste montante foi para Portugal.
Com uma dotação global de cerca de 26 mil milhões de euros, o programa Portugal 2020 consiste num acordo de parceria entre Portugal e a Comissão Europeia, “no qual se estabelecem os princípios e as prioridades de programação para a política de desenvolvimento económico, social e territorial de Portugal, entre 2014 e 2020”.
Os primeiros concursos do programa PT 2020 foram abertos em 2015.
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