“A ponte aérea humanitária para a população de Gaza continua. Duas pontes aéreas humanitárias da União Europeia estão a caminho do Egito com mais de 80 toneladas de mantimentos cruciais providenciados por Portugal, França, Bélgica e Itália e dos nossos parceiros humanitários preparados para chegar à população de Gaza que necessite”, escreveu o comissário europeu para a Gestão de Crises, Janez Lenarčič, na rede social X (antigo Twitter).
Só em dezembro, a União Europeia planeou seis voos humanitários para enviar, por exemplo, produtos de higiene, medicamentos, equipamentos médicos e até abrigos para a população palestiniana, depois de os bombardeamentos israelitas terem assolado grande parte do território do enclave, praticamente inviabilizando qualquer possibilidade de os palestinianos encontrarem locais para dormir - mais de 60% das habitações estão destruídas e pelo menos 80% da população está deslocada dentro do território.
Nos voos anteriores participaram Portugal, Bélgica, Irlanda, Alemanha, Grécia, Luxemburgo, Eslováquia e Espanha.
Desde o início de outubro que Israel iniciou uma operação militar que desencadeou uma crise humanitária em Gaza sem precedentes nas últimas décadas. A resposta militar de Telavive surgiu na sequência de um atentado, no dia 07 de outubro, perpetrado pelo movimento islamista Hamas.
A intervenção militar israelita, inicialmente apoiada pela comunidade internacional, começou a perder força quando surgiram acusações por parte de organizações não-governamentais e, mais tarde, de alguns países, de que Israel não estava a respeitar a lei humanitária internacional no conflito considerado um grupo terrorista e que estava a atacar indiscriminadamente civis palestinianos - mais de 20.000 pessoas morreram em apenas dois meses.
A África do Sul pediu, entretanto, o início de um processo no Tribunal de Justiça Internacional para julgar o Estado de Israel pelo crime de genocídio.
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