Apesar de não ter ainda chegado a acordo com França, Itália e Espanha para distribuir o ‘sinal’ dos Jogos de Inverno e Verão até essa data, Hutton confia que o avultado investimento vai ter retorno para o canal, propriedade do ‘gigante’ norte-americano Discovery Communications.
“Os direitos televisivos são apostas”, explicou Hurron à agência AFP, mostrando-se confiante que os direitos para a Europa “são uma aposta segura”.
O acordo assinado em junho de 2015 permitiu ao Comité Olímpico Internacional (COI) reforçar as receitas do quadriénio 2013-2016, estimadas em 5,3 mil milhões de euros, três quartos de esse valor oriundos dos direitos televisivos.
“O preço é elevado, mas [os responsáveis da Discovery Communications] adotaram uma estratégia dura nas negociações com as emissoras. Ainda pode dar mau resultado, mas o risco é menor. Estes valores são um verdadeiro desafio”, reconheceu o diretor-executivo de um canal europeu que negociou com a Eurosport, que falou à AFP sob a condição de anonimato.
Os direitos europeus custaram mais do dobro do que a estação pública chinesa CCTV pagou pelos direitos de transmissão para as próximas quatro edições dos Jogos Olímpicos.
Para o período entre 2012 e 2032, a NBC pagou ao COI 11,4 mil milhões de euros para transmitir os Jogos para os Estados Unidos, um valor que equivale a 570 milhões de euros por ano, valor inferior ao que a Eurosport pagou no acordo com o COI (cerca de 216,6 milhões de euros/ano).
A Eurosport chegou a acordo com a BBC para a transmissão dos Jogos para a Grã-Bretanha até 2024, tal como sucedeu com os canais estatais da Bielorrússia e República Checa.
No entanto, a televisão estatal alemã ARD/ZDF recusou chegar aos valores exigidos pela Eurosport, que transmitirá os Jogos Olímpicos para a Alemanha por intermédio dos seus canais.
O diretor-executivo da Eurosport admitiu que a Alemanha “será um desafio”, até porque a Discovery Communications não esperava que as negociações abortassem.
“Olhamos para as receitas previstas em licenciamento, publicidade e direitos digitais e chegamos à conclusão que os valores não são nada assustadores”, desdramatizou Peter Hutton.
No entanto, o responsável pela Eurosport confirmou que não chegou ainda a acordo com Espanha, Itália e França, esta última para o segundo ciclo olímpico, a partir de 2020.
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