O novo orçamento, assim como as Grandes Opções do Plano (2022/2026), foram aprovados esta tarde na reunião do executivo, liderado por Ricardo Leão (PS) com os votos favoráveis do PS e PSD, abstenção da CDU e contra do eleito do Chega.
Durante a apresentação do documento, o socialista Ricardo Leão, eleito nas eleições autárquicas de setembro, ressalvou que este orçamento “foi desenhado num contexto ainda muito marcado pela atual conjuntura pandémica”.
“Ainda não reflete na plenitude as nossas opções, prioridades de investimento, que segue um caminho alternativo ao anterior executivo”, sublinhou o autarca.
Ricardo Leão explicou que o orçamento do município de Loures para 2022 vai ter um valor de 190 milhões de euros, o que representa um aumento de 14 milhões face ao de 2021, com uma receita corrente prevista de 155 milhões de euros e despesa corrente de 125 milhões.
O autarca deu conta também que o município pretende propor durante o primeiro trimestre uma proposta para a contração de um empréstimo bancário que permita a realização de alguns investimentos.
Em traços gerais, o autarca socialista explicou que o orçamento prevê fazer face a despesas extraordinárias (15 milhões), que “condicionam as opções de investimento”, nomeadamente apoios ao comércio local, à empresa Intermunicipal de Águas e Resíduos (SIMAR), às empresas municipais GesLoures (equipamentos desportivos) e da Loures Parque (estacionamento) e também no apoio à realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
Na área da Saúde, o orçamento prevê verbas para reforçar o processo de vacinação e para a construção de centros de Saúde nas localidades de Santa Iria da Azoia, Catujal, Santo Antão do Tojal, Camarate e Bobadela.
Já na área da Educação destaca-se a alocação de verbas para a realização de intervenções em equipamentos escolares, nomeadamente nas escolas básicas da Flamenga (Santo António dos Cavaleiros), na n.º3 de Sacavém, n.º3 de Unhos e no pavilhão João Villaret (Loures).
Nesta área prevê-se ainda o lançamento de concursos para intervenção em escolas secundárias do concelho, nomeadamente a Maria Veleda (Santo António dos Cavaleiros), Gaspar Correia (Portela), Camarate, José Afonso (Loures) e Santa Iria da Azoia e a construção de nova escola Básica e Jardim de Infância da Portela da Azoia (São João da Talha).
A área das Acessibilidades é outra das prioridades deste orçamento, que prevê verbas para a conclusão da rotunda de Á-das- Lebres e o lançamento dos projetos para a ligação de Sacavém à 2.º circular, da saída da A1 em São João da Talha e para a construção das variantes de Loures e Bucelas.
No anúncio das linhas gerais do orçamento, Ricardo Leão deu também conta que, na área da Segurança, pretende dar início ao processo de instalação de videovigilância e ao reforço dos efetivos da polícia municipal, sublinhando que passarão a efetuar um policiamento de proximidade, em articulação com a PSP.
Durante a discussão do documento, que durou cerca de cinco horas, o eleito do Chega, Bruno Nunes, o primeiro a intervir, justificou o voto contra com o facto que se tratar de “um orçamento de continuidade” e de refletir a lógica de “mais estado e menos privado”.
Já os eleitos da CDU, apesar das dúvidas em alguns pontos propostos, declararam que não pretendiam “obstaculizar a aprovação do documento”.
O documento será agora apreciado e votado pela Assembleia Municipal de Loures.
O executivo de Loures é composto por quatro eleitos do PS, incluindo o presidente, quatro da CDU, dois do PSD e um do Chega.
O PS e o PSD estabeleceram um acordo para garantir a estabilidade governativa da Câmara Municipal, ganha em setembro do ano passado pelo socialista Ricardo Leão sem maioria absoluta.
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