“Uma parte significativa dos apoios no âmbito dos sistemas de incentivo estão reservados aos territórios de baixa densidade, o que corresponde a um esforço no sentido de assegurar que o desenvolvimento económico do país se faz sem prejuízo dos esforços de coesão e reequilíbrio territorial”, afirmou Pedro Siza Vieira, em Matosinhos, no distrito do Porto.
O governante falava no encerramento da sessão de apresentação da Reprogramação Portugal 2020, na qual também esteve presente o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques.
Pedro Siza Vieira adiantou que o reforço e a capacidade de “parte substancial do envelope financeiro” desta reprogramação ser canalizada para os territórios de baixa densidade é, também, uma “correspondência a uma aposta” no desenvolvimento do interior.
“Temos encontrado, no âmbito do Portugal 2020, investimentos muito intensos, importantes e interessantes nestes territórios”, ressalvou.
Destacando a participação das instituições financeiras públicas neste “instrumento híbrido”, o ministro sublinhou que o “grande desafio” do próximo ano vai ser assegurar que estas são capazes de se assumirem como “protagonistas e parceiras imprescindíveis” no esforço de investimento e capitalização das empresas ao serviço da criação de emprego, riqueza e prosperidade do país.
Segundo o ministro, o desafio que Portugal enfrenta nos próximos anos assenta na “sustentação do processo de crescimento económico”.
“Isso depende, obviamente, do aumento da nossa produtividade e essa advém do aumento da inovação no nosso tecido empresarial e do aumento do investimento para suportar esse esforço de inovação e diversificação da atividade económica”, vincou.
Pedro Siza Vieira notou ainda que Portugal continua a ter um “défice muito significativo de investimento” face à União Europeia.
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