Bruno Le Maire disse hoje em entrevista televisão France 2 que considera a decisão como "um erro económico".
O ministro explicou que a decisão vai bloquear a criação de um gigante ferroviário europeu que poderia ter sido capaz de competir com o gigante chinês CRRC.
"Isto servirá aos interesses económicos e industriais da China", disse.
"Esta decisão impede que a Alstom e a Siemens tenham o mesmo peso que o seu concorrente chinês", referiu.
O ministro já tinha dito anteriormente que a decisão “não seria apenas um erro económico, seria um erro político, porque enfraqueceria toda a indústria europeia face à China”.
Bruxelas tem até este mês para decidir sobre o projeto de fusão dos grupos francês e alemão, nos setores da ferrovia, anunciada em setembro de 2017.
Face às reticências do executivo europeu, em termos de eventual diminuição de concorrência, as empresas apresentaram em dezembro uma proposta de medidas compensatórias.
“A lei da concorrência europeia é obsoleta”, argumentou Le Maire em janeiro, referindo ser um quadro legal criado para o século XX e que não permite à Europa “criar os seus próprios campeões industriais”.
O ministro enumerou como os chineses do CRRC produzem por ano 300 comboios dos mais rápidos e, juntas, a Alstom e a Siemens, 35.
A fusão iria criar um novo gigante europeu na ferrovia, com presença em 60 países e um volume de negócios anual de 15,6 mil milhões de euros e enfrentar o grupo CRRC e os canadianos da Bombardier.
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