“Se aplicarmos ao segundo semestre a taxa de 7% de aumento de exportações registada no primeiro, este ano vamos aproximar-nos dos 60 milhões de euros de faturação, fazendo de 2017 um ano recorde de vendas”, afirmou hoje à Lusa o presidente da Comissão de Viticultura da Região de Vinhos Verdes (CVRVV), Manuel Pinheiro.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) nos primeiros seis meses deste ano venderam-se mais de 14,8 milhões de litros de vinho, que representaram um volume de negócios de mais de 34,8 milhões de euros.
“São números que nos dão muito conforto. Se o primeiro semestre correu bem, as previsões para o segundo são muito boas”, referiu.
Manuel Pinheiro apontou os Estados Unidos da América (EUA) e a Alemanha como países que mais se destacam, em 2017, a comprar vinho verde português.
“O mercado americano cresceu em valor das exortações, sobretudo no Loureiro e Alvarinho. Já o mercado alemão cresceu em volume”, disse.
Segundo os números do INE, no primeiro semestre de 2017 os EUA compraram 3,2 milhões de litros de vinho verde português, num valor superior a 8,7 milhões de euros. Em período homólogo de 2016, venderam-se para o mercado americano 3,2 milhões de litros, num valor superior a 8,1 milhões de euros.
Já a Alemanha, no primeiro semestre deste ano, importou mais de 3,9 milhões de litros de vinho verde, representando uma faturação superior a 7,8 milhões de euros, contra os mais de 3,7 milhões de litros e mais de 7,2 milhões de euros de igual período do ano passado.
Manuel Pinheiro desvalorizou os movimentos “muito bruscos, positivo na Polónia e, negativo, na Bélgica por poderem estar relacionados com encomendas específicas, pelo que não indicam uma tendência consolidada”.
No primeiro semestre de 2017, o mercado polaco comprou mais de 624 mil litros de vinho verde português, no valor de 1,3 milhões de euros, um aumento, respetivamente, de 2,92 e 3,12% em relação aos primeiros seis meses de 2016.
A Bélgica comprou, este ano, mais de 168 mil litros de vinho verde, num valor superior a 418 mil euros. Em 2016, foram exportados para aquele país mais de 412 mil litros, representando um volume de negócios superior a 982 mil euros.
A região demarcada dos vinhos verdes estende-se por todo o noroeste de Portugal, na zona conhecida como Entre Douro e Minho, tendo como limites a norte o rio Minho, que estabelece parte da fronteira com Espanha, a sul o rio Douro e as serras da Freita, Arada e Montemuro, a este as serras da Peneda, Gerês, Cabreira e Marão e a oeste o oceano Atlântico. Tem nove sub-regiões (Amarante, Ave, Baião, Basto, Cávado, Lima, Monção e Melgaço, Paiva e Sousa).
Em termos de área geográfica é a maior região demarcada portuguesa e uma das maiores da Europa.
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