O que anteriormente era considerado como um serviço gratuito nas companhias aéreas deixou de ser. A bagagem a ser despachada e as refeições durante o voo são, agora, uma forma de ganhar dinheiro. E se quiser escolher o lugar onde vai sentado também tem de pagar mais qualquer coisa. Considerando tudo isto como extras, é certo que um bilhete desprovido de todas estas coisas vai ser mais barato. Mas ganhará realmente com isso?
Olhando para o interior do avião, também há coisas que estão a mudar. As cadeiras são mais finas e, por isso, menos confortáveis. Além disso, o número de assentos por fila também aumenta, o que permite às companhias transportar mais pessoas, embora o espaço seja mais apertado.
Com tudo isto, o conforto dos passageiros está a diminuir, conta a Business Insider. Nos Estados Unidos, fala-se já na deterioração da qualidade das viagens aéreas. Ouve-se falar nas companhias Low Cost, nos cortes das empresas e nos investidores que querem lucrar a todo o custo.
Mas, olhando, para os consumidores, terão estes alguma parte da culpa? De acordo com uma sondagem do MSN, realizada nos últimos meses, 51% dos americanos referiu que a prioridade quando seleciona um voo é o preço do bilhete, 21% referiu o tempo de viagem e 11% a segurança associada à companhia. Numa amostra de 209 mil americanos, apenas 6% referiram o conforto como a sua prioridade, o que parece ser ouvido pelas companhias: para reduzir os custos, reduz-se também neste aspeto.
Apesar de os preços dos voos estarem realmente mais em conta, começa a ser defendido que, ao aproveitar estas oportunidades, também se está a apoiar a estratégia de redução de custos da indústria da aviação.
Contudo, apostar nos voos baratos não é estranho. Voar continua a ser uma maneira cara de viajar, pelo que tudo conta, já que poucas pessoas podem pagar pelo conforto. Mas querem-no. Para já, a alternativa a isto seria só uma: se as pessoas começarem a mostrar às companhias que o preço não é tudo, talvez o espaço no avião volte a ser aquilo que era.
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