Em declarações à Lusa, Pedro Veiga, coordenador CNCS, disse que “numa avaliação preliminar dentro da administração pública, os mecanismos estavam preparados”.
O responsável adiantou que o centro pediu relatórios com descrições mais pormenorizadas a todos os organismos da administração pública, desde ministérios, universidades, a direções-gerais, entre outros.
Pedro Veiga explicou também que o Centro Nacional de Cibersegurança distribuiu ao Ministério da Modernização Administrativa recomendações sobre os cuidados a ter na abertura de correio eletrónico.
“Porém, houve alguns ministérios que, de modo próprio, decidiram restringir a utilização de mails”, disse Pedro veiga, frisando, contudo, que não se tratou de nenhuma orientação transmitida pelo centro.
O coordenador do centro ressalvou que o ciberataque mundial ocorreu numa sexta-feira, na qual o Governo decretou tolerância de ponto para a função pública devido à visita do papa a Fátima, o que poderá ter evitado uma situação mais grave.
Funcionários dos serviços de informações dos Estados Unidos e especialistas do setor privado suspeitam que piratas informáticos de Pyongyang estão por detrás do ciberataque mundial que afetou cerca de 300 mil computadores, noticiou o jornal New York Times.
Entretanto, a empresa californiana de segurança informática Symantec identificou numa versão de ‘WannaCry’, o código dos ataques ao banco central do Bangladesh em 2016, a bancos polacos no início do ano ou à Sony Pictures Entertainment em retaliação pelo filme “The Interview”, uma sátira do líder norte-coreano, Kim Jong-un.
O vírus ‘WannaCry’ propaga-se aproveitando uma vulnerabilidade do sistema operativo da Microsoft, detetada pela Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos, cujos dados foram roubados em abril por piratas informáticos.
O vírus limita ou impede aos utilizadores o acesso ao computador ou a ficheiros, exigindo ao proprietário um pagamento em troca de um código para resolver o problema.
O ataque afetou mais de 300.000 computadores em 150 países e foi de "um nível sem precedentes", admitiu a Europol.
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