A iLoF anunciou uma nova ronda de 5 milhões de dólares em financiamento para apoiar a sua visão de democratizar o acesso à medicina personalizada para milhões de pessoas que vivem com doenças complexas. Fundada em 2019, a startup, integrando algoritmos de IA avançada e fotónica, captura grandes quantidades de dados para criar uma biblioteca digital de biomarcadores e perfis biológicos, reunindo uma equipa de especialistas em física, biologia e ciência de dados na missão de democratizar o futuro da medicina personalizada e acelerar a chegada ao mercado de tratamentos eficazes para milhões de pacientes em todo mundo.
"Durante anos, os tratamentos foram desenvolvidos com a suposição de que funcionam para todos. No entanto, cada pessoa é diferente e, para muitas doenças graves, como Alzheimer, vários fatores podem contribuir para a eficácia de um tratamento em um determinado paciente. Isto significa que milhões de pacientes vivem atualmente sem acesso a um tratamento eficaz e modificador da doença – o que instigou a missão por detrás da iLoF", explica o CEO, Luís Valente.
Reconhecida pela CB Insights como uma das principais empresas de Saúde Digital do mundo e pelo Financial Times como um Negócio Transformacional em Saúde, a iLoF é apoiada por instituições de renome como a Microsoft Ventures, a Mayfield e a Universidade de Oxford, e indicada como uma das empresas em ascensão na utilização de IA para pesquisa de novos medicamentos, triagem de pacientes, e na análise de perfis biológicos.
Aposta no crescimento da plataforma
A nova ronda de financiamento foi liderada pela portuguesa Faber, contando com a participação dos fundos norte-americanos M12, o fundo de capital de risco da Microsoft, e Quiet Capital, e dos fundos europeus Lunar Ventures, Alter Venture Partners, re.Mind Capital e Fluxunit, o fundo de capital de risco da OSRAM. O angel investor Charlie Songhurst, ex-director geral da Microsoft, e a Berggruen Holdings, o family officer de Nicolas Berggruen, investidor e filantropo, também participaram na ronda.
Para Sofia Santos, Partner da Faber, "a A iLoF tem o poder de impactar positivamente milhões de pacientes em todo o mundo e tornar-se uma peça fundamental no mercado da medicina personalizada, avaliado em US $500 mil milhões (2021)".
Este financiamento será usado pela empresa para acelerar compromissos atuais com algumas das principais empresas globais no espaço Farmacêutico, Biotecnológico e Clínico, tendo como objetivo acelerar pilotos correntes e futuros e agilizar o desenvolvimento da plataforma. No total, a empresa arrecadou mais de 8 milhões de dólares em financiamento até o momento.
"A visão de longo prazo é crescer a nossa biblioteca digital de biomarcadores e colocá-la ao serviço dos pacientes, através de uma plataforma inovadora de triagem de doenças", afirma Luís Valente.
Durante a pandemia, a iLoF colaborou com o Hospital de São João e a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto para perceber como a plataforma pode ajudar a gerir o fluxo de doentes covid-19 e assim otimizar recursos críticos. Nesse âmbito, a empresa demonstrou ser capaz de distinguir com precisão os pacientes com maior probabilidade de admissão nos Cuidados Intensivos, o que pode permitir aos hospitais uma gestão radicalmente mais eficiente dos seus recursos.
Inicialmente formada durante a participação no programa Wild Card da EIT Health e acelerada na Oxford Foundry, a equipa iLoF é composta por 20 cientistas, empreendedores e investigadores internacionais. Até 2023, a equipa contratará mais de 20 pessoas, em perfis de física, ciência de dados, biologia e gestão de produto.
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