Os testes Captcha constituem um mecanismo de segurança, presente em algumas páginas da Internet, que requer a introdução de um conjunto de caracteres exibidos numa imagem distorcida, para que os utilizadores possam aceder aos conteúdos dos ‘sites’, evitando que robôs o façam.
Durante muitos anos, investigadores têm tentado criar modelos informáticos capazes de resolver estes testes, mas até agora sem sucesso.
O novo modelo tem a capacidade de aprender e generalizar de forma semelhante aos humanos, explicou um dos investigadores responsáveis, Dileep George, acrescendo que ele e os colegas conseguiram “treinar” os robôs com conhecimentos de neurociência.
Segunda a Science, este modelo conseguiu resolver com sucesso os testes da Yahoo em 57,4% das vezes, do PayPal em 57,1% e os testes reCaptcha da Google em 67 por cento.
Resolvidos pelos humanos em 87% das ocasiões, este tipo de testes é considerado inútil se os computadores os superarem em mais de um por cento.
Dileep George conta que a intenção dos investigadores é apenas criar robôs capazes de raciocinar como os humanos, não estando diretamente relacionado com os Captcha.
“O objetivo a longo prazo é construir uma inteligência que trabalhe como a humana”, esclarece o investigador e cofundador da empresa de inteligência artificial Vicarious, acrescentando que os Captcha foram apenas um meio de verificação.
“É um teste em que podes comprovar se o teu modelo pode trabalhar como um cérebro”, explica Dileep George em declarações à rede americana de rádios públicas NPR.
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