A declaração foi feita pelo fadista num vídeo disponível na sua página oficial do Facebook.
Além desses espetáculos no Coliseus - no Porto, a 2 de novembro, e em Lisboa, no dia 9 - o fadista acrescentou que dará mais espetáculos, designadamente no Brasil e nos Estados Unidos da América e também em Portugal, sem especificar.
Nascido em Lisboa em 21 de dezembro de 1939, Carlos do Carmo cumpre este ano 80 anos.
“É o ano em que vou fazer 80 anos. 80 anos é uma idade”, frisa na gravação, acrescentando que não tem a “grande capacidade” de continuar a cantar com essa idade como outros que os fazem aos 90 anos e mesmo aos 100 anos.
“Será o ano da despedida, sem amarguras, sem azedumes", disse Carlos do Carmo. "Será o ano da despedida com muita, muita, muita gratidão a todas as pessoas que me têm dado ao longo da vida tantas, tantas alegrias e tanta generosidade”, concluiu.
Carlos do Carmo atuou no passado dia 18 de janeiro no Casino Micaelense, em Ponta Delgada.
Com um percurso de mais de 50 anos, Carlos do Carmo foi reconhecido, em 2014, com um Grammy Latino de carreira, o que lhe valeu igualmente o Prémio Personalidade do Ano – Martha de la Cal, da Associação Imprensa Estrangeira em Portugal.
Em 2015, recebeu a "Grande Médaille de Vermeil" da cidade de Paris, "a mais alta distinção" da capital francesa, e, um ano depois, foi-lhe atribuído o título de Grande-Oficial da Ordem do Mérito, da Presidência da República.
Em 2013, quando celebrou 50 anos de carreira, editou o álbum “Fado é amor”, que gravou em duo com vários fadistas, entre os quais Ricardo Ribeiro, Camané, Mariza, Raquel Tavares e Marco Rodrigues.
“Canoas do Tejo”, “Os putos”, “Lisboa, menina e moça”, “Por morrer uma andorinha”, “Bairro Alto”, “Vem, não te atrases”, “Pontas soltas”, “O homem das castanhas”, “Um homem na cidade” são alguns êxitos que pontuam a carreira de Carlos do Carmo.
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