Cerca das 16:15, abriram as portas do parque urbano da Costa de Caparica para a quarta edição do festival e, apesar de não estarem muitas pessoas logo ao abrir, assistiu-se na mesma à tradicional corrida para garantir os melhores lugares junto ao palco principal, que apenas abriu para a primeira atuação já depois das 20:00.
Mariza, Bonga, HMB ou Regula são alguns dos nomes que atuam hoje na Costa de Caparica, mas coube aos Fogo-Fogo a primeira atuação do festival, que decorreu no palco secundário, já depois das 18:00.
"Espero que corra tudo bem, a exemplo de anos anteriores. Em bilhetes estávamos a vender um pouco mais do que no ano anterior e as propostas artísticas são fantásticas. Temos muitas coisas novas, com uma aposta maior no espaço de dança", disse à Lusa António Miguel Guimarães, diretor artístico do festival.
O responsável referiu que esperam cerca de 65 mil pessoas ao longo do festival, que decorre até domingo, referindo que, apesar do espaço permitir mais pessoas, a aposta é manter o conforto e preservar o parque urbano.
"Não queremos overdose de público, queremos que as famílias se sintam bem e temos mais de quatro mil lugares sentados. Acredito que vamos atingir os 65 mil visitantes", defendeu.
António Miguel Guimarães, que acompanhou os autarcas de Almada numa vista ao recinto, referiu que alguns dias estão perto de esgotar, como a sexta-feira, e destacou o novo anfiteatro e o "espetáculo noturno que une todo o festival".
"Tudo indica que vamos ter um bom festival e penso que as pessoas devem vir", frisou.
O evento prolonga-se até domingo de manhã e do cartaz fazem parte Mafalda Veiga, Xutos & Pontapés, Carlos do Carmo, António Zambujo, Virgul e Bispo, que atuam na sexta-feira, Trovante, Os Tubarões, Matias Damásio, Sean Riley & The Slowriders, Samuel Úria e os Quatro e Meia, que atuam no sábado, sendo o domingo para o público infanto-juvenil, com Rita Guerra e Capicua & Pedro Geraldes, entre outros.
A programação de O Sol da Caparica, que aposta na língua portuguesa e na lusofonia, divide-se por quatro palcos e três espaços, um totalmente dedicado aos praticantes de skate e outro dedicado ao surf.
"Esta é uma zona balnear conhecida em todo o país e no estrangeiro, uma cidade do Sol e da praia, que quer afirmar-se também como uma cidade de cultura e festivais. Este projeto é um espaço de encontro de culturas e povos da lusofonia", disse à Lusa António Matos, vereador da Cultura da Câmara de Almada.
O autarca lembrou que o festival está já no top-ten nacional, mas referiu que o mais importante é o conforto dos visitantes, anunciando a construção de um skate park já para o próximo ano.
"Esperamos 65 mil pessoas, podiam vir mais, mas queremos que o espaço se mantenha em condições de receber as pessoas sem correrias nem atropelos. O festival está a crescer e na área da língua lusófona queremos estar na frente", defendeu.
Com o aproximar do final da tarde e início da noite, muitas pessoas deixaram a praia, que fica mesmo ao lado, ou saíram dos seus trabalhos e deslocaram-se para o Sol da Caparica, sendo notório o aumento de afluência de pessoas ao local.
É no período da noite que vão decorrer a maioria dos concertos e a tendência é que se desloquem cada vez mais pessoas para a Costa de Caparica.
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