No Instagram, Thomas Dutronc, filho de Hardy, escreveu "A minha mãe partiu".

A cantora francesa nasceu a 17 de janeiro de 1944 em Paris, França. Com uma infância conturbada, Hardy teve na leitura e na música o escape. Aprendeu ela própria a tocar guitarra, entrou no conservatório e aos 17 anos já assinava contrato com uma editora, a Vogue.

No ranking das 200 melhores cantoras de todos os tempos da revista americana Rolling Stone em 2023, Françoise Hardy foi a única representante da França.

A artista enfrentava desde 2004 um cancro que assumiu diversas formas e resultou em vários problemas. Em 2023, tinha admitido à revista Paris Match que queria “partir logo e rapidamente, sem muitos desafios, como a impossibilidade de respirar”.

Tudo começou para Françoise Hardy em 1962 com o sucesso instantâneo - mais de 2 milhões de cópias vendidas – “Tous les garçons et les filles", que escreveu e compôs, uma circunstância rara naquela época, noticiou a agência France-Presse (AFP).

Tinha então 18 anos e era o seu primeiro disco. Françoise Hardy irrompeu no meio da onda yéyé, mas não correspondeu realmente a este rótulo.

Numa época de despreocupação, Françoise Hardy destacou-se pela sua melancolia: “Sim, mas ando sozinha pelas ruas, com a alma a doer/sim, mas vou sozinha, porque ninguém me ama”.

Além deste ‘hit’, o público lembra a artista pela sua voz delicada, do intrigante casal de celebridades que formou com Jacques Dutronc – dessa união nasceu Thomas, que também se tornou cantor como os seus pais - mas não só.

Também foi a embaixadora da elegância francesa e figura pop internacional, um "ideal feminino" para Mick Jagger, ou uma figura mística para Bob Dylan ou David Bowie.