O Ramadão é o nono mês do calendário islâmico, durante o qual os muçulmanos praticam um ritual de jejum diário - não podem beber ou comer - não fumam ou têm relações sexuais desde o nascer do sol até ao pôr-do-sol. A data de início da celebração varia todos os anos, mas tem sempre a duração de 29 a 30 dias, pois a religião islâmica rege-se pelo calendário lunar.

O jejum obrigatório aparece assim como uma forma de disciplina espiritual e de auto-controlo profundo, que prova aos crentes que podem mandar nas suas próprias paixões e vontades, e que podem alcançar grandes feitos se resistirem aos desejos mundanos e superficiais. Com a disciplina pretende-se também que os muçulmanos agradeçam a Deus as bênçãos que lhes foram concedidas, e pela privação acreditam que se chega à apreciação daquilo que se tem.

Mas, se se lida com um colega, amigo ou até familiar que está a fazer o Ramadão. Como é que se deve comportar?

Sim, pode-se comer em frente ou com uma pessoa a fazer o Ramadão, mas, não se deve tentar marcar um almoço ou uma jantarada nesses 30 dias. Ou, pelo menos, deve-se aceitar que quem segue o ramadão se recuse a ir.

Não é preciso iniciar o ramadão, a não ser que queira. Contudo os não muçulmanos podem juntar-se no Iftar, ou seja, no grande banquete de final do Ramadão.

O Ramadão não é como o Natal, em que todos sabem as datas. Não tendo data fixa, pois depende dos ciclos lunares, calendário pelo qual se segue a religião muçulmana.

Mas é importante haver flexibilidade durante este período. Como, por exemplo, tentar aceder a pedidos de mudança ou trocas de horários de trabalho dos fiéis muçulmanos durante este período.

Durante a pausa para o lancha, por exemplo, não se tem que deixar o colega muçulmano de parte. Mas esse talvez fique a seis passos, por uma questão de segurança. É que o facto de não comer e beber pode dar Halitose (mau hálito).

Em Portugal, a Mesquita Central de Lisboa prepara-se este ano para receber “centenas de pessoas”, confirmou o imã da Mesquita Central de Lisboa, o xeque David Munir.

“A expectativa é de haver um aumento [de crentes que irão à Mesquita], comparando com os anos anteriores”, afirmou David Munir, referindo que o número de muçulmanos está a aumentar no país, atualmente entre os 60.000 e os 65.000.