“O júri considerou unanimemente que a candidatura apresentada pela Rota Histórica das Linhas de Torres (RHLT)- Associação para o Desenvolvimento Turístico e Patrimonial das Linhas de Torres Vedras, destacando-se significativamente das restantes candidaturas apresentadas, corresponde de forma muito positiva a todos os critérios para seleção da Marca Património Europeu” (MPE), refere a DGPC numa nota divulgada.
Foram também apresentadas as candidaturas do Palácio Nacional de Mafra, do Conjunto Patrimonial do Bussaco, do Abrigo do Lagar Velho/Menino do Lapedo-Vale do Lapedo, dos Lugares de Paz (transnacional) e da Fajã da Ovelha – Diversidade Patrimonial (Madeira).
Desde 2013 foram atribuídas 48 distinções, quadro delas a Portugal: Carta da Abolição da Pena de Morte e Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (2014), Promontório de Sagres (2015) e Património Cultural Subaquático dos Açores (2019).
A MPE é uma medida da União Europeia lançada em 2006.
O júri nacional de pré-seleção dos sítios é constituído pela coordenadora nacional da MPE e representantes da DGPC, das direções regionais de Cultura do Norte, Centro, Alentejo, Algarve e Açores, da Secretaria Regional de Cultura, Turismo da Madeira e do ICOMOS Portugal.
Em outubro de 2020, a Rota Histórica das Linhas de Torres anunciou que começara a preparar a candidatura a Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
O património histórico associado às Linhas de Torres Vedras está a ser sujeito a melhorias resultantes de 1,5 milhões de euros de financiamento comunitário, obtido para investir na qualificação da oferta e na promoção como produto turístico.
Até 2021, os municípios associados estão a trabalhar em parceria para proteger e valorizar o património cultural e natural das Invasões Francesas e da Guerra Peninsular enquanto fator de desenvolvimento dos respetivos territórios, criar em torno desse património um produto turístico e dinamizá-lo através de recriações históricas e outros eventos temáticos.
Em 2010, ano em que se comemoraram os 200 anos da construção das linhas defensivas, foram inauguradas obras de recuperação, e centros de interpretação, um investimento estimado em cerca de seis milhões de euros.
Em 2014, a empreitada de desmatação, recuperação e reabilitação dos fortes venceu o prémio Europa Nostra, na categoria “Conservação”, e a Assembleia da República instituiu o 20 de outubro como o Dia Nacional das Linhas de Torres.
Em março desse ano, foram classificados como Monumento Nacional os 114 fortes e estradas militares que integram as chamadas Linhas de Torres Vedras, que recebem por ano pelo menos cerca de 10 mil visitantes.
As Linhas de Torres Vedras foram construídas sob a orientação do general inglês Wellington, comandante das tropas luso-britânicas no período das Invasões Francesas, para defender Lisboa das forças napoleónicas entre 1807 e 1814, durante a Guerra Peninsular.
A Associação da Rota Histórica das Linhas de Torres Vedras é composta pelos municípios de Torres Vedras, Arruda dos Vinhos, Loures, Mafra, Sobral de Monte Agraço e Vila Franca de Xira, no distrito de Lisboa.
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