Esta edição inclui um texto de apresentação do editor Manuel S. Fonseca, que realça a noção de “poeta maldito” que popularizou Paul Verlaine (1844-1896).
Fonseca sublinha “o ‘romance de viver de dois homens que Verlaine e Jean-Arthur Rimbaud incarnaram, para estupor e indignação” da Europa, e que “gerou dois livros admiráveis: ‘Uma Temporada no Inferno’ [de Rimbaud], em que a poesia atinge o zénite da ferocidade da delicadeza, e este ‘Romanças sem Palavras’, um exercício espiritual que busca o silêncio”.
Os dois títulos fazem agora parte a coleção “Livros Negros”, da editora Guerra e Paz, que acolhe “livros malditos ou proibidos e textos satíricos”, “Uma Temporada no Inferno” foi publicado em novembro passado.
Referindo-se a “Romanças sem Palavras”, Fonseca refere que foi “ignorado” pela Paris e pela França de 1880, e que é um “exemplo de experimentação e inovação”, “um livro ousado enquanto expressão da homossexualidade, por subtil que seja: ‘Antes Taberns/ Que doce lar’”.
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