As categorias em que estas alterações vão ter efeito, já a partir de 2019, são a gravação do ano, álbum do ano, música do ano e melhor artista jovem, permanecendo as restantes 80 categorias com as cinco nomeações tradicionais.
"A modificação reflete mais de perto o grande número de candidatos [possíveis] nessas categorias, e permitirá maior flexibilidade na votação para os melhores do ano", disse a instituição, no comunicado enviado hoje aos seus membros.
A imprensa espcializada, como a Billboard, que avançou o comunicado da academia, sustenta, no entanto, que a decisão tem a ver com a controvérsia sobre o pequeno número de mulheres nomeadas na última edição dos Grammy.
Entre os nomeados nas principais categorias estavam nomes como os de Jay-Z, Kendrick Lamar, Bruno Mars, Childish Gambino, Khalid, SZA e No ID, produtor de Jay-Z, tendo sido notado o menor número de nomes femininos, nos candidatos aos prémios da indústria musical, entregues no passado mês de janeiro.
Na altura, em resposta às críticas, o presidente da academia, Neil Portnow, disse que as mulheres precisavam de "dar um passo em frente", afirmação de que se retratou de imediato, em fevereiro.
"Depois de ouvir muitos amigos e colegas, percebo os danos causados pela minha má escolha de palavras, após a última edição do Grammy", disse então Portnow.
Na altura, dirigente da Recording Academy também anunciou a constituição de um grupo de trabalho para rever todos os aspectos da instituição, relacionados com "o progresso das mulheres na comunidade musical".
"Colocar-nos-emos sob o microscópio e lidaremos com qualquer verdade revelada", disse na altura Neil Portnow, em declarações recordadas agora pelas agências de notícias.
Um estudo publicado este ano pela Universidade do Sul da Califórnia (USC) disse que, de 2013 a 2018, apenas 9,3% das indicações aos Grammy foram para mulheres, enquanto as restantes 90,7% foram para homens.
A alteração aos Grammy verificam-se 60 anos depois da primeira cerimónia de entrega dos prémios, realizada em 1959, relativa às edições discográficas do ano anterior.
Em 2009, a Academia de Hollywood, das artes e ciências cinematográficas, duplicou o número de nomeações para o Óscar de Melhor Filme de cinco para dez.
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