“O que os cidadãos e os lisboetas pretendem é que o sistema entre definitivamente em operação e isso acreditamos que [aconteça] no primeiro semestre do ano que vem”, afirmou o presidente da EMEL, Luís Natal Marques, à agência Lusa.
O responsável precisou que o projeto vai começar por funcionar numa zona piloto: “Estamos a pensar no Parque das Nações, uma zona mais contida da cidade, e talvez seja por aí que devamos começar”.
Em causa está uma rede de 1.410 bicicletas (940 elétricas e 470 convencionais) distribuídas por 140 estações: 92 no planalto central da cidade, 27 na baixa e frente ribeirinha, 15 no Parque das Nações e seis no eixo central (que abrange as avenidas Fontes Pereira de Melo e da Liberdade).
Em outubro do ano passado, a EMEL lançou um concurso público para “aquisição, implementação e operação do Sistema de Bicicletas Públicas Partilhadas na cidade de Lisboa”, com um valor base de 28,9 milhões de euros e um prazo contratual de 108 meses (nove anos).
Porém, devido à exclusão por questões formais das dez candidaturas apresentadas - que eram, essencialmente, de empresas estrangeiras -, a EMEL decidiu lançar um novo concurso.
“Neste momento, a empresa está escolhida, que é a Órbita, e estamos a fazer a recolha de toda a documentação necessária para submeter ao Tribunal de Contas essa operação”, apontou Luís Natal Marques, admitindo que isso só agora acontece devido a contratempos na celebração do contrato.
O responsável frisou que “a concorrência” levou a que o preço base do concurso baixasse em 20% para 23,09 milhões de euros.
“Consideramos ser um bom preço para o cálculo que inicialmente fizemos”, referiu.
À exceção do preço, “está tudo como inicialmente foi idealizado”, indicou o presidente da EMEL, realçando que se continua a prever que as receitas provenham da bilhética e da publicidade.
De acordo com o plano de negócio do projeto, o passe anual deverá custar 36 euros e o bilhete diário dez euros, pelo que a empresa perspetiva uma receita de 897.321 euros por ano.
Pela publicidade, a EMEL tenciona cobrar 350 euros por bicicleta o que deverá representar um encaixe financeiro anual superior a 400 mil euros.
“É uma operação para uma cidade que é capital europeia e que pensamos que a merece. Os cidadãos também têm direito a essa forma de mobilidade, que é uma mobilidade suave, e que grande parte das cidades europeias mais importantes têm”, concluiu Luís Natal Marques.
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