Com tarjas, cartazes e com palavras de ordem, a uma só voz, foram milhares as pessoas que encheram esta tarde a Avenida Almirante Reis, em Lisboa, e desfilaram entre o Martim Moniz e a Fonte Luminosa, local onde se realizou o discurso de encerramento do líder da CGTP, Arménio Carlos.
Ao longo do percurso encontravam-se crianças, adolescentes, adultos e seniores, que transformaram o 1.º de Maio numa celebração “familiar e intergeracional”.
“Para nós este dia, como o 25 de Abril, são dias de festa e de rua. Somos todos povo e temos de nos fazer ouvir”, disse à agência Lusa Joana Ribeiro, que participou nestas celebrações "juntamente com o marido, com os pais e os dois filhos”.
Um pouco mais acima, junto a um grupo de amigos, encontrava-se José Viegas, de 65 anos, que nunca faltou a uma celebração do 1.º de Maio, desde que este dia se tornou feriado em 1975.
“Ao longo destes 45 anos, nunca perdi o 1.º de Maio, que foram anos de luta. Desde então, houve uma evolução, mas também um retrocesso, sobretudo no tempo da Troika. Neste momento, estamos em condições de avançar na reconquista de direitos”, apontou.
No caso de Carolina, que segurava, com a mãe, uma tarja, a sua participação foi uma estreia nas celebrações do 1.º de Maio.
“Esta é a minha primeira vez e estou a gostar, porque as pessoas estão unidas e isso é importante”. Devemos lutar por um mundo melhor”, disse à Lusa a jovem de 23 anos.
A liderar a manifestação esteve um cabeçudo a imitar o primeiro-ministro, António Costa, sendo também visível várias bandeiras de sindicatos e faixas com mensagens contra a banca, a favor da luta dos trabalhadores e por melhores condições laborais.
A “luta continua”, “Contra a exploração”, “Maio está na rua” e “CGTP unidade sindical” foram algumas das palavras de ordem proferidas pelos milhares de pessoas que participam na manifestação do 1.º de Maio da Intersindical, em Lisboa.
O desfile contou com a participação do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, e da coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins.
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