Segundo a organização, é o segundo carregamento de centenas de toneladas de alimentos que, pelo segundo dia consecutivo, entram no corredor que conduz a Kerem Shalom a partir do território egípcio, onde são inspecionados por Israel antes de entrarem no enclave palestiniano.
Domingo, o Egito enviou para Gaza 125 camiões carregados de alimentos e material médico, bem como de combustível, através deste mesmo ponto, pela primeira vez desde que, há 20 dias, Israel se apoderou do lado palestiniano da passagem de Rafah, no sul do enclave e que faz fronteira com a Península do Sinai.
Desde então, centenas de camiões de ajuda humanitária, na sua maioria carregados de alimentos, ficaram retidos no Egito e não puderam entrar na Faixa de Gaza.
Muitos deles começaram a apodrecer com as altas temperaturas, enquanto alguns produtos tiveram de ser vendidos a preços reduzidos nos mercados locais antes de se estragarem.
A entrada deste novo comboio de ajuda surge no mesmo dia em que o exército egípcio confirmou a morte de uma pessoa numa troca de tiros com as forças israelitas no posto fronteiriço de Rafah, um incidente invulgar que as autoridades dos dois países dizem estar a investigar.
Mais grave foi o ataque aéreo perpetrado domingo por Israel contra um campo de deslocados em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, amplamente condenado pela comunidade internacional e em que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, admitiu tratar-se de “um incidente trágico”.
“Em Rafah, retirámos um milhão de habitantes que não estavam envolvidos e, apesar de todos os nossos esforços, ontem [domingo] ocorreu um incidente trágico. Estamos a investigar o que aconteceu e vamos tirar conclusões”, disse Netanyahu ao parlamento israelita.
No domingo, um ataque aéreo israelita causou um incêndio num campo de deslocados no sul da Faixa de Gaza, provocando, segundo as autoridades palestinianas, pelo menos cerca de 50 mortos — perto de metade dos quais mulheres, crianças e idosos – e 249 feridos.
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