A insegurança alimentar é apurada de acordo com dois níveis de gravidade: “moderada”, quando existe o risco de faltarem alimentos, nomeadamente de qualidade nutricional suficiente, e “grave”, quando existe ausência total de alimentos ou fome por um dia ou dois.
Segundo o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento realizado em 2022 pelo INE, menos de 1% da população residente em Portugal encontrava-se em situação de insuficiência alimentar grave.
De acordo com o mesmo inquérito, mais de metade da população adulta tinha excesso de peso (37,3%) ou obesidade (15,9%).
O excesso de peso afetava mais os homens (43%) do que as mulheres (32,3%) e a obesidade apresentava proporções semelhantes para ambos os sexos (cerca de 16%).
A proporção da população com excesso de peso ou obesidade que avaliava favoravelmente o seu estado de saúde (44%) era significativamente menor do que a obtida para a população com peso normal (53,5%), e a proporção da população com excesso de peso ou obesidade com alguma limitação ou limitação severa na realização de atividades habituais era superior (entre 59,1% e 59,3%) àquela sem limitações (50,%), salienta o INE.
Segundo os dados, a prevalência de excesso de peso ou obesidade atingia o valor mais elevado nos Açores, com 61,8% (38,4% com excesso de peso e 23,5% com obesidade), enquanto as regiões Norte, Algarve e Área Metropolitana de Lisboa eram as menos afetadas pela condição de excesso de peso ou obesidade, com valores da ordem dos 51%-52%.
As regiões Norte e Algarve, em particular, eram as menos afetadas pela condição de obesidade (com valores da ordem dos 14%-15%).
Os dados revelam também que 80,2% dos inquiridos consumiam fruta diariamente e 63,3% consumiam saladas ou legumes pelo menos uma vez por dia.
“Tanto o consumo diário de fruta, como o consumo diário de legumes e saladas, foi referido por uma proporção mais elevada de mulheres (83,2% para consumo de fruta e 67,9% para consumo de legumes e saladas) do que de homens (respetivamente, 76,8% e 58,1%)”, refere o INE.
Em 2022, quase metade da população (49,7%) praticava exercício físico de forma regular: 17,1% fazia-o diariamente, 8,8% entre 4 e 6 vezes por semana e 23,8% entre uma e três vezes por semana.
A prática regular de uma atividade física era mais frequente para os homens (52,3%) do que para as mulheres (47,5%) e para as pessoas até aos 44 anos (mais de 50%).
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