Os cinco irmãos, quatro menores, o mais novo com apenas 8 anos, deslocam-se sozinhos até ao Saldanha, em Lisboa, para receber uma refeição quente.
Vivem com os pais e com a avó, mas dependem das refeições dadas pela associação CASA, às segundas, quartas e sextas, pois é difícil ter comida suficiente para uma família de oito. A história foi reportada pelo Observador, e chegou ao Governo, que garantiu que a família já foi identificada, e está a ser acompanhada.
"A família foi contactada ainda no dia de ontem [segunda-feira] e está neste momento a ser acompanhada pelas equipas locais da ação social, numa visita domiciliária, no sentido de se perceber qual é o problema de fundo desta questão", avançou Ana Sofia Antunes, secretária de Estado para a Inclusão, ao Observador. "E acreditamos que a situação estará controlada", acrescentou.
A secretária de Estado para a Inclusão garantiu que o Governo já enviou "um novo pedido a todas as estruturas que estão no terreno, para que qualquer situação que envolva crianças possa, de imediato, ser reportada à Garantia para a Infância". Sobre a articulação entre as várias associações, desde a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ), às que estão no terreno, reconheceu "que, por vezes, possa falhar".
A inflação já chegou a muitas famílias que, pagando as despesas, ficam com pouco para viver. "O que nós sentimos como voluntários é que o número de refeições não chega. Todas as semanas há pessoas novas na rua", explicou Patrícia Querido, voluntária e uma das coordenadoras da CASA.
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