O movimento "Fim ao Fóssil" começou em força com uma nova vaga de ocupações de escolas e universidades por todo o país pelo "fim ao fóssil até 2030" e a "eletricidade 100% renovável e acessível até 2025", como dito em comunicado enviado às redações.

Teresa Núncio, porta-voz do movimento, disse ao SAPO24 que o protesto irá continuar até recolherem "1500 compromissos da sociedade civil para a ação de desobediência civil no terminal de LNG do Porto de Sines" até 2 de maio.

Em Lisboa, foram ocupados o Instituto Superior Técnico, a Faculdade de Letras e a Faculdade de Psicologia, tendo os estudantes permanecido a noite de 26 para 27 de abril. As manifestações chegaram ainda à escola Josefa de Óbidos e à escola secundária Dona Luísa de Gusmão, "onde a direção chamou mais de 10 polícias sem tentar negociar com os estudantes primeiro".

Em Coimbra, foi organizada uma ação de protesto na Faculdade de Letras da UC onde, de acordo com a porta-voz, "os estudantes estavam ainda a iniciar a ocupação quando o diretor chamou a polícia, tentando retê-los lá dentro". Em Faro, deu-se uma "ação de solidariedade" na escola secundária Tomás Cabreira e no Porto um protesto na Faculdade de Letras.

"As ocupações que se iniciaram ontem irão continuar nesta semana, com o surgimento espontâneo da ocupação da Faculdade de Belas Artes que terá início hoje pela tarde. Vão continuar também os protestos na escola secundária Luísa de Gusmão. A escola secundária Tomás Cabreira, em Faro, será fechada em protesto pelos estudantes", diz ainda o comunicado.

O ministro do Ambiente e da Ação Climática manifestou-se ontem disponível para ouvir as propostas dos jovens para acelerar a transição energética, embora admitindo que será difícil ter eletricidade 100% renovável até 2025, como os jovens reclamam.

“Não estamos fechados a ouvir os jovens e as propostas que têm para atingir e acelerar [a transição energética]. Além de explicarmos tudo o que estamos a fazer, obviamente estamos disponíveis para que os jovens, que estão em manifestações e em greves climáticas, nos apresentem as suas propostas e como é que acham que é possível acelerar mais rápido. Obviamente não deixando as pessoas para trás e não criando disrupções sociais, que dispensamos no nosso país”, afirmou Duarte Cordeiro à Lusa, à margem do Encontro Anual BUPi 2023, na Batalha.

O ministro sublinhou que se “houver boas ideias que permitam chegar mais rápido”, não será o Governo a fechar-se a elas.

*Com Lusa

*Pesquisa e texto pela jornalista estagiária Raquel Almeida. Edição pela jornalista Alexandra Antunes

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