A desativação do plano foi divulgada pela Câmara de Borba, no distrito de Évora, no final de uma reunião da Comissão Municipal de Proteção Civil.
Segundo a autarquia, o plano foi desativado por estarem "concluídas as operações de socorro" e se encontrarem apenas em curso operações de logística.
O Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil tinha sido acionado no dia 21 de novembro, dois dias depois do deslizamento de terras para duas pedreiras e o colapso de um troço da estrada municipal 255.
O presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) considerou no sábado encerrada a operação em Borba, depois de ter sido "feito tudo aquilo que podia e devia ser feito", considerando que é "praticamente impossível" haver mais vítimas.
"Do ponto de vista da Proteção Civil, consideramos que a operação está encerrada", disse o presidente da ANPC, Mourato Nunes, numa conferência de imprensa no quartel dos Bombeiros de Borba.
O deslizamento de um grande volume de rochas, blocos de mármore e terra e o colapso de um troço de cerca de 100 metros da estrada municipal 255, entre Borba e Vila Viçosa, para o interior de duas pedreiras contíguas ocorreu no dia 19 de novembro às 15:45, provocando a morte de dois operários e a queda de dois veículos que circulavam na via, de que resultaram três vítimas mortais.
O acidente provocou a morte de dois trabalhadores da empresa de extração de mármores da pedreira que estava ativa, um maquinista e um auxiliar de uma retroescavadora.
Na pedreira contígua, que estava em suspensão de lavra (sem atividade), caíram, pelo menos, as duas viaturas, com um total de três pessoas.
O Ministério Público instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias do acidente, que é dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Évora, e duas equipas da Polícia Judiciária estão a proceder a averiguações.
O Governo pediu uma inspeção urgente ao licenciamento, exploração, fiscalização e suspensão de operação das pedreiras situadas na zona de Borba.
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