“Expresso a minha satisfação e orgulho no acordo de concertação social obtido no passado dia 30 de maio, no meu país, entre o Governo, as quatro confederações de empregadores e um dos dois parceiros sociais sindicais - a UGT Portugal - numa verdadeira expressão de unidade dos atores políticos e sociais contra a precariedade e a favor da dinamização da negociação coletiva”, afirmou Carlos Silva durante a 107.ª Conferência Internacional do Trabalho, que decorre hoje em Genebra por iniciativa da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Para o secretário-geral da UGT, este é um exemplo do “espírito do diálogo social e do compromisso que a OIT personifica em todo o mundo” e a concretização do “espírito do tripartismo” defendido por aquela organização.
Na sua intervenção, Carlos Silva destacou ainda o “trabalho continuado, persistente e corajoso da OIT e das Nações Unidas em prol da paz, do princípio do compromisso e da necessidade de se estabelecerem pontes de diálogo permanente, seja ele político e partidário, seja social”.
O objetivo, disse, é “com a intervenção cada vez mais necessária dos parceiros sociais, fruto da emanação da vontade da sociedade civil organizada”, conseguir “acordos que estabeleçam entendimentos, nomeadamente sobre um novo modelo de distribuição da riqueza gerada pelo trabalho”.
O Governo e os parceiros sociais, à exceção da CGTP, assinaram a 30 de maio um acordo na Concertação Social sobre as alterações à legislação laboral.
À saída da reunião da Concertação Social, o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, considerou ser “um bom acordo para o país” e manifestou-se “convicto” de que as alterações ao Código do Trabalho acordadas entre a maioria dos parceiros terão um “amplo consenso” no parlamento, onde a discussão está agendada para 06 de julho.
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