A decisão da marca deveu-se à alegada utilização de trabalho forçado no setor naquela província autónoma do noroeste da China.
Na quarta-feira, o Comité Central da Liga Comunista da Juventude chinesa publicou uma mensagem, na rede social Weibo (conhecida como o “Twitter chinês”) na qual perguntava: “Querias ganhar dinheiro na China enquanto espalhas boatos para boicotar o algodão de Xinjiang? Querias!”.
O texto estava acompanhado pelo comunicado da H&M, na qual a marca afirmava proibir “qualquer tipo de trabalho forçado” na sua cadeia de produção “independentemente do país ou região”.
A empresa indicou também que ia pôr fim à relação de trabalho com um fornecedor chinês até que fossem esclarecidas as alegações contidas num relatório, segundo o qual 82 firmas chinesas e estrangeiras tinham beneficiado da deslocalização forçada de membros da minoria uigure.
Outras empresas, como a norte-americana Nike, que no ano passado emitiu uma declaração semelhante à da H&M, também foram afectadas por apelos ao boicote de alguns utilizadores chineses da internet, o que levou o ator Wang Yibo a rescindir o contrato publicitário com a Nike.
Estes apelos a um boicote, meses após as declarações da H&M e da Nike sobre a questão, surgiram na mesma semana em que a União Europeia anunciou sanções contra quatro indivíduos e uma instituição chinesa por alegadas violações dos direitos humanos em Xinjiang.
O Reino Unido, o Canadá e os Estados Unidos também anunciaram sanções idênticas.
No mesmo dia em que estas medidas foram anunciadas, na segunda-feira, a China respondeu com sanções contra dez indivíduos e quatro instituições da UE.
*Artigo atualizado às 13h48 com correção do título e atualização do texto.
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