A dirigente sindical do SEP Guadalupe Simões disse que, segundo dados recolhidos até às 13:00 de hoje, a adesão à greve nos hospitais do país varia entre os 51% no IPO do Porto e os 90% nos hospitais de Leiria e Peniche.
O Hospital de Faro está com 68,6% de adesão à greve, a Maternidade Daniel Matos, em Coimbra, com 60%, o Hospital Rovisco Pais, na Tocha, com 62% e o Hospital de Santarém com 85%, adiantou Guadalupe Simões.
Nos hospitais que integram o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central (CHULC), a adesão à greve situa-se nos 81% no D. Estefânia, nos 63% no São José em 63%, nos 71% no hospital Santa Marta, nos 73% nos Capuchos e em 67% na Maternidade Alfredo da Costa.
Os dados indicam também uma adesão à greve de 68% no hospital de Vila Franca de Xira, de 71% no Hospital Egas Moniz, em Lisboa, e de 78% no Hospital de Aveiro.
Para Guadalupe Simões, estes dados significam que, “de uma forma generalizada, os enfermeiros estão a mostrar o seu descontentamento” pelas “várias situações de injustiça” que o Governo não quis resolver no âmbito do processo negocial e pela decisão do Governo de assumir o pagamento de retroativos apenas a 2022, em vez de 2018 “como era suposto que acontecesse”.
O SEP exige a abertura do processo negocial de alteração à carreira de enfermagem e entregou na quarta-feira um pedido de reunião com o objetivo de repor a paridade da carreira de enfermeiros com a carreira de técnico superior da administração pública, que já foi alterada no início de 2022, e que vai sofrer nova alteração a partir de 2023.
“Esperemos que o Ministério da Saúde agende rapidamente a reunião para esse efeito”, disse Guadalupe Simões.
Hoje é o primeiro dos quatro dias de greve convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses para exigir a contagem de pontos nas suas carreiras e a paridade com os licenciados da Administração Pública.
A paralisação decorre entre as 08:00 e as 00:00 dos dias 17, 18, 22 e 23 de novembro, sendo que no dia 18 os enfermeiros se juntam à greve da Função Pública.
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