A partir de fevereiro, as empresas que pretendem anunciar para menores nestas plataformas terão apenas acesso à sua idade e localização, para garantir que o conteúdo dos anúncios é adequado e útil, explicou a Meta esta terça-feira, num comunicado divulgado no seu sítio na Internet.
A empresa liderada por Mark Zuckerberg, que já deixou de permitir aos anunciantes, desde o verão de 2021, que conheçam a história dos adolescentes noutros sites, também decidiu alargar esta limitação às suas próprias plataformas.
Esta decisão equivale a "eliminar a capacidade dos anunciantes de segmentar adolescentes com base nos seus interesses e atividades", explicou a Meta.
O grupo também planeia tornar mais fácil para menores de 18 anos indicar quando querem receber menos anúncios sobre determinados temas, como um género de série de televisão ou um desporto específico.
Autoridades norte-americanas e associações de proteção à criança criticam aplicações particularmente populares entre os jovens, como o Instagram, mas também Snapchat, Youtube ou TikTok, por terem efeitos nocivos nos seus utilizadores mais jovens.
As acusações ganharam uma nova dimensão quando, no outono de 2021, a ex-funcionária do Facebook Frances Haugen divulgou documentos internos que mostravam que os líderes da plataforma estavam cientes de certos riscos para menores.
Desde então, as empresas têm procurado dar garantias sobre a proteção dos adolescentes.
Para muitos, estes esforços são insuficientes e funcionários de escolas públicas de Seattle, no Estado norte-americano de Washington, apresentaram na sexta-feira uma denúncia contra diversas redes sociais, acusando-as de "ataques" à saúde mental de menores.
"O aumento de suicídios, tentativas de suicídio e atendimentos de emergência relacionados com a saúde mental não é coincidência. (...) Esta crise já se agravava antes da pandemia e as investigações apontaram as redes sociais como tendo um papel importante no surgimento de problemas de saúde mental nos jovens”, referiram os denunciantes.
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