“A tripulação está livre de perigo e o navio dirige-se para o próximo porto de escala”, indicou a agência de operações comerciais marítimas do Reino Unido (UKTMO, na sigla em inglês), sem avançar pormenores.

O incidente registou-se antes das 04:00 (01:00 em Lisboa), numa zona onde os rebeldes Houthis do Iémen têm atacado, em diferentes ocasiões e ao longo dos últimos meses, navios que se encontram no mar Vermelho.

Uma outra agência de segurança, Ambrey, indicou que o navio graneleiro, com pavilhão das Ilhas Marshall, “visado por mísseis em dois incidentes separados”, foi atingido, tendo sofrido danos.

Desde novembro que os rebeldes Houthis dizem desencadear estas ações, no mar Vermelho e no golfo de Aden, contra navios que consideram ligados a Israel para apoiar os palestinianos na Faixa de Gaza, enclave cercado e bombardeado pelas forças israelitas em guerra contra o movimento islamita palestiniano Hamas.

Estes ataques obrigam numerosos armadores a suspender a passagem por esta zona, por onde transita 12% do comércio mundial.

Primeiro aliado de Israel, Washington voltou a designar os Houthis como “entidade terrorista” e lançou, em dezembro, uma coligação multinacional “de proteção” do tráfego marítimo.

Sem conseguir travar os ataques dos Houthis, as forças norte-americanas e britânicas desencadearam vários ataques no Iémen desde meados de janeiro.

Apoiados pelo Irão, os rebeldes Houthis controlam grande parte do Iémen, depois de quase uma década de guerra contra o Governo iemenita neste país pobre da península arábica, também ele confrontado com uma grave crise humanitária.