Ai Weiwei indicou também não ter recebido qualquer notificação prévia do Governo chinês.
Em vários vídeos que Ai publicou na conta no Instagram e em outras redes sociais é possível observar a evolução da demolição, e como as escavadoras derrubaram a fachada e paredes do edifício, na zona norte da capital chinesa.
Este é o segundo estúdio do artista e dissidente, de 61 anos e atualmente a residir em Berlim, que as autoridades chinesas destruíram. Em 2011, foi demolido o que Ai mantinha em Xangai (leste).
O estúdio, denominado Zuoyou, era descrito por Ai Weiwei como uma “fábrica socialista ao estilo da Alemanha de Leste”, uma vez que tinha albergado uma oficina de automóveis.
No local, o artista criou instalações de grande tamanho e impacto visual, que foram expostas nos museus de arte contemporânea e galerias mais importantes do mundo, como a Tate em Londres.
O artista, que participou na construção do estádio olímpico de Pequim em 2008, é conhecido por se opor ao regime comunista, principalmente através da internet.
Esta oposição condenou Ai Weiwei a prisão domiciliária, na China, entre 2011 e 2015, ano em que recuperou o passaporte e se mudou para a Alemanha, onde estabeleceu um estúdio em Berlim.
O trabalho de Ai denuncia as violações dos direitos humanos em todo o mundo, a crise por trás do êxodo, a censura e a apatia através de vários materiais e plataformas, explicou o ativista na inauguração da última exposição em Santiago do Chile, em maio passado.
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