As primeiras projeções divulgadas após o encerramento das urnas na Alemanha anteveem uma disputa renhida ou mesmo um empate técnico entre os sociais-democratas do SPD e os conservadores da CDU, força política de Angela Merkel, mas já houve reações dos partidos.
“Temos mandato para formar governo. Olaf Scholz [candidato social-democrata] tornar-se-á chanceler”, apressou-se a reagir o secretário-geral do Partido Social Democrata (SPD) alemão, Lars Klingbeil.
Também o número dois da União Democrata-Cristã (CDU), Paul Ziemak, já reagiu às primeiras projeções, admitindo “perdas amargas” para os democratas-cristãos.
Na projeção avançada pelo canal público ZDF, o Partido Social-Democrata, de Olaf Scholz, terá conseguido 26% dos votos, contra os 24% atribuídos à CDU de Armin Laschet.
Já a projeção da estação ARD (também pública), dá um empate técnico entre as duas formações políticas, ao registarem a mesma votação: 25%.
Nunca na história o partido de Merkel tinha ficado abaixo do limiar dos 30%. Em 2017, chegou mesmo a registar 32,8% dos votos.
Os especialistas esperam agora, com base nestes primeiros resultados, um inesperado renascimento do SPD, que já foi saudado com aplausos na sede do partido, em Berlim.
Ainda assim, estes primeiros números devem ser encarados, no entanto, com prudência, uma vez que não incluem o voto por correspondência.
Estima-se que, especialmente por causa da pandemia de covid-19, mais de metade dos eleitores alemães tenha optado pelo voto por correio, modalidade que pode registar níveis recorde no atual escrutínio.
À exceção da cidade-estado de Berlim, as mesas de voto para as eleições federais alemãs, que irão escolher os deputados do Bundestag (câmara baixa do parlamento federal da Alemanha), após 16 anos de governação da chanceler Angela Merkel, encerraram às 18:00 locais (17:00 de Lisboa).
As assembleias de voto abriram, em todo o país, às 08:00 da manhã (hora local), com cerca de 60,4 milhões de eleitores alemães a serem chamados a votar, menos que nas eleições de 2017.
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