Kalbitz já disse que recorrerá da sentença para um tribunal comum, depois de a sua expulsão ter sido decidia em maio pela direção do partido, tendo sido promovida pelo copresidente, Jorg Meuthen, que quer fortalecer a ala mais moderada do partido, procurando evitar que ele seja monitorizado pelas autoridades policiais.
O Departamento Federal para a Proteção da Constituição já tinha declarado como suspeita a estrutura de juventude da AfD, que inclui os setores mais radicais do partido e cujos rostos visíveis incluíam Andreas Kalbitz e o líder regional do partido na Turíngia, Bjorn Hocke.
Kalbitz foi expulsa por, quando ingressou na AfD, ter ocultado que tinha pertencido a organização juvenil de extrema-direita (HDJ), que as autoridades alemãs consideram estar ligada a atividades terroristas.
Kalbitz, contudo, nega ter pertencido à HDJ.
Em 19 de junho, o tribunal provincial de Berlim determinou que a expulsão não era válida, pois essa decisão não era da responsabilidade da direção do partido, mas do seu conselho de jurisdição, tendo remetido a decisão final para um tribunal especial que hoje ratificou a primeira sentença.
O processo de expulsão de Andreas Kalbitz veio aprofundar ainda mais as divisões dentro da AfD, entre os setores mais críticos, próximos do neonazismo, e a fação mais moderada, que a direção do partido quer promover.
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