O presidente da Associação de Pais, Paulo Magalhães, afirmou esta manhã à Lusa que o portão da escola foi novamente fechado a cadeado.
“Pelas 09:00, a GNR retirou o cadeado, mas ninguém entra na escola, não podemos esmorecer no protesto”, referiu, garantindo que “a luta vai continuar”.
Segundo os pais, a escola “não tem quaisquer condições para um ensino de qualidade”.
“Queremos uma escola moderna, requalificada, sem amianto, sem chuva e sem frio nas salas de aula. Queremos o que muitas escolas no resto do país já têm. Não queremos luxos, queremos conforto, para que os nossos alunos, professores e assistentes operacionais possam estudar e trabalhar em condições que promova o sucesso escolar”, refere um comunicado da associação.
Paulo Magalhães disse que para a escola já chegaram a estar previstas obras de 13 milhões de euros, no tempo do governo de José Sócrates, valor que agora desceu para cerca de três milhões.
"Mesmo assim, parece que ninguém tem 300 mil euros para acrescentar ao orçamento", criticou.
O presidente da Câmara, António Cardoso, explicou que já foram abertos três concursos para a obra, tendo os dois primeiros ficado vazios.
O vencedor do terceiro, por sua vez, “não reuniu as condições necessárias para iniciar os trabalhos”.
Para o autarca, é necessário subir o preço base em 300 mil euros para aparecerem candidatos à obra.
A Câmara diz que já pediu ao Ministério da Educação que suportasse aqueles 300 mil euros, para que a empreitada tivesse condições de ser adjudicada nos moldes em que foi concebido todo o projeto.
“Foi-nos proposto que revíssemos o projeto, para enquadrar a obra dentro dos valores previstos, mas não estamos disponíveis para isso. O projeto já foi revisto duas vezes e já chega. A escola precisa de uma intervenção a sério e não de uma intervenção faz de conta”, referiu António Cardoso.
A obra foi a concurso por 2,7 milhões de euros, um investimento que será comparticipado em 75% por fundos comunitários.
A Câmara já assumiu que entrará com 225 mil euros, apesar de se tratar de uma obra da competência do Governo.
“O município até pode, eventualmente, disponibilizar mais algum dinheiro para a obra, mas não os 300 mil euros, porque não tem capacidade para tal”, referiu António Cardoso.
O Ministério da Educação já disse que “está em contacto com a Câmara Municipal de Vieira do Minho de modo a encontrar uma solução que permita, tão breve quanto possível, iniciar essa obra”.
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